segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Woodstock 40 anos...




Eu tinha 14 anos e esse momento do tempo é o que me deixou mais marcas. Ali, julho de 69, numa fazenda distante 3 hs de Nova York, toda uma geração pode se expressar, cantar, dançar, amar e mudar o mundo! Sem violência, sem armas, sem líderes patéticos, apenas jovens e músicos...
Woodstock fomos nós, meninos e meninas, ao som de música da melhor qualidade: Hendrix, Joplin, Crosby, Stills, Nash, Joe Cocker, Winter, Dylan, Santana e tantos outros maravilhosos que mostraram ao mundo cinza e sem graça que havia um caminho melhor...
Nunca mais fomos os mesmos depois disso, nem o planeta. Ali se plantou a consciência em cada um de nós, a convicção de que as mudanças tem que vir de cada um, que todos somos igualmente responsáveis pela vida, pela Terra, pelo mundo que vivemos...
Sem hipocrisias, sem meias verdades, sem consumismo desenfreada, sem um código de valores herdado que, como roupa velha, não nos servia mais...
Aqui estou hoje, aos 54 anos, ainda vivendo os ideais desses 3 dias e que foram de toda uma geração. Ouço a mesma trilha sonora, única, impar, jamais superada dos nossos ídolos de então.
Coisas ruins vieram depois desse inesquecível 1969, anos de guerra, de medos, de crises, de aids, preconceitos, destruição, música ruim.
Nós, os jovens enfeitados com colares, óculos amarelos, jeans e roupas indianas, sobrevivemos a tudo isso. E continuamos acreditando na superação de todo mal, na liberdade de expressão, na arte, no planeta e sua sustentabilidade.
As flores, que colocamos, nesse verão, nos nossos cabelos, permanecem, como ainda é viva a esperança, a alegria, a justiça, a paz e o amor.

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