quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pode " to be" ou não? ( né, Joel Santana ?)





Gente muita mais importante que eu se pegou nessa questão, ser ou não ser...
Aliás, esse " bordão" filosófico acaba servindo para quase tudo que se refira a decisões, escolhas e/ou autoconhecimento...
No meu presente momento essa dúvida está não na " minha essência" primordial, meu "eu", etc, etc...Mas a uma pequena parte de minha personalidade ou " jeito", se preferirem. Refiro-me a questão específica: omissão ou intromissão?
Percebo que, nesse tempo de vida vivida, tenho me envolvida em muitas, incontáveis e algumas inenarráveis, bolas divididas, justamente por não conseguir manter "a boca fechada".
O ruim é que mesmo sabendo, de antemão, que devo me manter " estátua", acabo dando opinião, falando e, claro, armando confusão!
Sei que nesse último ano, por cansaço ou sabedoria, ou os dois juntos, vejo que consegui me controlar mais e tenho permanecido " fora" de muitos conflitos! Fantástico, não?
Confesso que não é sem esforço nem dificuldade, mas tenho "pairado" acima ( ou abaixo, não sei bem) de muitos mal entendidos e estares.
Não é fácil, entretanto, me sinto omissa vendo uns ou outros tomando decisões que, francamente, estão fadadas ao mais completo e retumbante fracasso, mas ainda assim conto até 10, 100, melhor, 1000 e respiro..ufa...pronto, passou e, maravilha!, não falei nada.
Viver deve ser isso também, aparar arestas, modificar o que não dá muito certo e, quem sabe, aumentar as possibilidades de viver em paz e com mais harmonia.
Não posso, mesmo que queira, poupar meus filhos, minhas netas, meus amigos, meu amado, das suas experiências, por mais dolorosas que sejam. Quando muito posso ficar aqui, firme, na retaguarda, para dar colo e carinho caso precisem ou queiram.
Omisso pode ser um exagero ( aliás especialidade minha essa..rs), pode ser entendido como " respeito", pode ter confiança no outro, não?
Pois o que pensei a vida toda ser cuidado, amor, preocupação geralmente era lido como " intromissão"...
É... tem que mudar, tem que experimentar modos, formas, jeitos diferentes...
Afinal pode ser, melhor, pode " to be" como diz o hilário Joel Santana no filme pubicitário de um refrigerante, uma coisa bem legal!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Bom de Papo! ( ou Insônia Criativa)



Pois foi então que, seguindo ritmo dos últimos dias e mantendo a marca de 4horas sono-dia, revi essa madrugada na HBO " O Advogado do Diabo" ( The Devil´s Advocate).
Filme de 1997, direção de Taylor Hackford, com Al Pacino, Keanu Reeves, Charlize Theron e outros menos cotados, narra a trajetória de um ambicioso e desconhecido advogado da FLórida(Keanu Reeves) que é chamado pelo diabo em pessoa( Al Pacino) para fazer parte de seu poderoso escritório de advocacia em NY.
Eses tema a gente, mesmo quem não assistiu esse filme, já meio que pode imaginar como se desenrola, afinal o velho Fausto está aí e não nos deixa esquecer o preço que se paga em certas "associações".
O que me chamou a atenção foi, no entanto, coisa bem diferente.
Na "queda" para o diabo, vou chamar assim, das 2 mulheres importantes na trama, a mãe e a mulher do advogado, o relato e\ou confissão era o mesmo!
Apesar de histórias, idades e resultados diferentes ambas alegaram como motivo principal o seguinte: " ele conversou comigo por horas e horas e só depois fizemos amor"...
De lascar isso!
Ao contrário do advogado, homem, o ponto fraco delas passava bem distante, milhões de quilometros, de poder, dinheiro ou fama!
Atenção, apenas isso,elas queriam atenção... Horas de uma atenção que certamente lhes devolveu o gosto de se saberem amadas, valorizadas, desejadas e queridas...E o esperto "caramunhão" usou com maestria isso.
E, incrível, hoje pela manhã li a sempre maravilhosa crônica de Pondé na Folha de São Paulo, nela ele falava, dentre outras coisas, de " Francesca", a personagem de Meryl Streep no delicado " As Pontes de Madison" de Clint Eastwood...E aqui o tema do caso de amor, da traição da mulher, as escolhas entre o que se quer e o que se vive. De certa maneira a recorrente " atenção", alguém que nos enxerga, que pára para nos olhar e admirar e que com esse simples gesto acaba tendo o poder "demoníaco" sobre nossas almas e destinos...
Lindo isso, está tudo aí nos contos, nas his-estórias, nas fábulas, alegorias e lendas, só não as lê quem não quiser.
O caminho e a senha estão dados, pelos menos para uma grande parte dos corações femininos. Mesmo em pleno séc XXI ainda gostamos de nos saber únicas, especiais e dignas de sermos escutadas...
Minha mãe usava um ditado popular que gosto muito " O Diabo é sábio porque é Velho"...
Verdade, certamente ele deve ter visto muita coisa acontecer em todos esses milênios e ao contrário da maioria dos homens, aprendeu rápido com essas lições!
Boa semana,