quinta-feira, 30 de julho de 2009

Receita para dia chuvoso



Ontem estava meio sem querer fazer nada, acho que o tempo chuvoso e ausência de Sofia colaboraram.
Para não entrar no clima geral ( literal e metafórico) resolvi assistir, em DVD, os " BLUES BROTHERS", com John Belushi e Dan Aykroyd.
Olha, não há mau humor que resista a essa maravilhosa declaração de amor a música e a sacanagem!
O filme, de 1980, reúne a fina flor do rhythm and blues: Ray Charles, John Lee Hooker, Aretha Franklin, James Brown, é de rolar de rir.
O roteiro muito bem bolado é permeado com canções incríveis, humor e gags inesquecíveis.
Pois é, o dia não estava dos melhores, a casa está mofando e eu idem, mas pude dar um jeito nisso.

Está triste? Deprimido? Cansado de chuvas e frio?
Faça uma tigela de pipocas, sente no sofá e assista esse filme. Não se espante se, lá pelo meio, você sair dançando pela sala!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Anjos


Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
(A Hora da Estrela-Clarice Lispector)



Acreditava em anjos, em fadas e em espíritos perfumados, aqueles que deixam suave aroma de rosas e jasmins no ar...
E por acreditar, acabou descobrindo um anjo, bem disfarçado, em sua vida.
Ela, o anjo, era bela, imponente, parecia mais uma estrela de cinema, mas era um anjo.
De suas belas, e sempre enfeitadas por anéis, mãos nasciam caldos fumegantes que confortavam nos dias de frio e lindos arranjos de flores que pareciam ter nascido em outro lugar que não a Terra. Nela, nesse lindo anjo, havia alegria, movimento, festas e risos. E música, muita música, tocada e dançada pelas madrugadas.
Havia um quê, entretanto, de inquietação nesse ser, momentos que sua condição parecia se chocar com o resto do mundo: uma verdade e sinceridade de atos e palavras que muitas vezes assustava. Mas era um anjo.
Desde muito cedo a menina soube quem era aquela bela e estranha mulher. E com a alegria dos segredos, pode desfrutar cada momento vivido, cada carinho recebido nos gestos e olhares do anjo.
A menina virou mulher e ainda assim era naquele anjo-mulher que encontrava o colo, o estímulo, a força e o espelho de como queria ser um dia.
Os anos passaram para as duas. Um dia, assim do nada, terminou.
O anjo, talvez percebendo que sua parte estava terminada, resolveu ir...
E partiu, em silêncio, deixando para a mulher desconsolada um lindo olhar, que falou mais que todas as palavras que tinham trocado em tantos anos...
Ela sempre acreditou em anjos, em fadas e em espíritos perfumados, aqueles que deixam suave aroma de rosas e jasmins no ar.
Essa crença a mantém viva, a mantém atenta, pois sabe que existe, em algum lugar e tempo, um encontro marcado com seu anjo.


Para minha mãe, que hoje completaria 80 anos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Um pouco de sonhos...


Um pouco de sonho num dia chuvoso...
Um ótimo final de semana.


Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
( William Shakespeare)

"O homem faz de si a imagem de seus sonhos." (Helena Blavatski)

"Sonhar é acordar-se para dentro." (Mario Quintana)


"Você têm que sonhar antes que seus sonhos possam tornar-se reais."
(Abdul Kalam)


Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos.
(William Shakespeare)


Tenho em mim todos os sonhos do mundo
(Fernando Pessoa)



"Eu também sou vítima de sonhos adiados,de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso,
eu ainda tenho um sonho, porque a gente não pode desistir da vida."
(Martin Luther King)

Somos do tamanho de nossos sonhos
(Fernando Pessoa)


Há em mim tantos sonhos, que seria necessário uma vida inteira pra realizá-los.
(Richelle Verlaine)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Saudades



Saudades do tempo que vocês eram assim: pequenos, inquietos, barulhentos.
A vida, ali, parecia fácil e interminável.
Todos os dias seriam assim, pensava eu, de risos e descobertas, de sorvetes e cachorros correndo ao nosso lado, que a felicidade tinha encontrado seu endereço definitivo...
Não haveriam dores ( só as de garganta que a gente curava com homeopatia), nem medos ( que a gente resolveria acendendo a luz do abajur).
Tudo seria uma sequencia perfeita de novidades, todos os limites seriam ultrapassados e cada dia marcaria só mais um dia de mais farras e brincadeiras.
Mas não foi assim.
Um dia, descobrimos a tristeza, o medo instalou-se sem querer partir e pude ver que, exatamente como não previ, a infância de vocês tinha terminado.
Sinto saudades do tempo que desconhecíamos os dias de hoje.
Já não sou a menina que os colocou no mundo, nem vocês, filhos amados, os pequenos barulhentos e inquietos.
Haverá um motivo prá tudo isso, um sentido ou razão para que nem sempre o sol brilhe ou que a esperança pareça perdida.
Hoje, com meu colo frágil, tento, em vão, protege-los das coisas do mundo, mas como disse, meu colo é frágil.
Sinto saudades de vocês meninos, de mim, quase menina, sinto saudades de nós e me pego aqui, olhando fotos, olhando a memória e lá nos encontro, sorridentes e confiantes.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Desabafo

Tem hora que o coração dói. E dói muito, como músculo cansado, levado ao limite...
Tem hora que tanta é a dor que a esperança se vai. Some, deixa de acenar...
Tem hora que a rota parece perdida, o caminho com obstáculos demais, a meta? que meta?
Ficam as perguntas, os medos, a escuridão da noite atormentando a alma.
Acontece de eu fraquejar, de querer não sei bem o quê, talvez o sonho, o esquecimento, que o tempo passe sem que me dê conta...
Vou então atrás de textos, de livros, de falas que, quem sabe, me devolvam a minha fala, as frases do meu próprio script...
Já não sei quem sou, nem prá onde vou.
Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu, disse o poeta.

Mas não dura. Não é eterno.
Vai nascer outra pessoa disso, certamente com mais alguns fios de cabelo branco.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Graças a Deus, é segunda!!!!


Parece incrível, não? Dar graças a Deus por uma segunda-feira!
Mas estou assim: ainda bem que começou a semana, que tem milhões de coisas para ocupar minha mente, que o tal fim de semana acabou...
Não vou entrar em grandes detalhes, mas realmente, parafraseando o querido prof Hélio Bellintani, esse não foi bom final de semana.
Deve ser coisa de algumas posições planetárias que deixou algumas pessoas meio tensas, meio instáveis...ou o tempo, o clima, ou nada mesmo, só coincidência.
O legal? Ah! teve sim, Sofia, gracinha demais, esteve ontem aqui, Gil comprou ingressos para o show do Chuck Berry em agosto, o Corinthians venceu mais uma.
Não foi de toooodo mal, mas ainda assim, graças a Deus que é segunda-feira!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Encontros e desencontros...



"Todas as coisas do mundo conduzem a um encontro ou a um livro."
(Jorge Luis Borges)




Tenho encontrado casas para morar, fotos esquecidas, amigos, amores,livros, músicas e até coisas e pessoas que sequer supunha perdidas...
Viver também é isso. Encontrar, ás vezes reencontrar. E é uma coisa ótima isso de reencontrar, mágica que parece ter feito com que o tempo não parasse, que se pode retomar uma conversa qualquer do exato ponto onde se parou...
Nos últimos anos tenho tido essa experiência tão maravilhosa de encontrar e reencontrar pessoas. Afetos generosos, muitas histórias prá contar, muita coisa prá fazer junto. Tudo isso depois de 20, 30 anos...
Não somos os mesmos, evidente, mas somos ainda de uma mesma tribo, linhagem, linguagem.
Gosto disso, procura estar mais e mais perto, mesmo que outras coisas do presente se interponham sobre isso.
E fico atenta, para não correr nenhum risco de mais um desencontro, afinal nessa altura de nossas vidas não teremos mais 20, 30 anos para um próximo reencontro.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Esbarrão



Recebi e-mail de um queridíssimo amigo, Ronaldo Parisi, arquiteto, artista, cavalheiro, de quem já falei num blog.
A teoria dele, de que na vida existem " as trombadas ou esbarrões" com pessoas, tem sido, para mim, motivo de muito pensar...
Não vou falar sobre a teoria, mas sobre a alegria de poder, anos depois, estar de novo em contato com uma pessoa tão interessante.
Sei que ele andou sumido, passou por perrengues de todos os tipos, mas agora vejo que, bem de acordo com sua personalidade, ele sobreviveu. E bem, e com humor e com afeto.
Ronaldo, vou citar aqui algumas coisas que fizeram parte daquele momento da vida que pudemos conviver.

Tom Waits e Cristal Gayle
Telonius Monk
Sítio de Itú
Baile de Carnaval no Palace
Jogos de Buraco ( loba!)
Chico e Caetano
Banhos de piscina na Rua Haiti
Jonas
Festas-baile na Vila Nova Conceição
Cerveja gelada
Mapas astrológicos
Beatles
Conversas jogadas fora
Mais biritas
Filhos pequenos...

A vida tem disso, amigo. Esbarra e desesbarra, vai e volta, traz e leva.
O bom? É o que fica na memória, nos dias vividos, nas coisas e afetos compartilhadas, momentos únicos que estão marcados a ferro e fogo, para sempre.
Bom saber de você.
beijão

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Todos temos...uma loira



"Todos nós temos na vida
Um caso, uma loira" ( Uma Loira- Dick Farney)


Pois é, todos temos uma loira, no meu caso não é bem " um caso", mas uma amiga, uma irmã mais que irmã uma vez que não tenho irmãs/ãos!
Regina, Dina. Dina, apelido simpático do nome Regina dito com sotaque italiano.
Conheci Dina faz muito, muito tempo. Aliás antes de nos conhecermos, já nos conhecíamos. Ela era amiga de minha prima Maria Elisa e nos encontramos muitas vezes em festas. Um dia me separei, vim morar no Brooklin e aí sim nos encontramos de verdade. Faz mais de 25 anos.
Dina fez aniversário domingo, fechou um círculo de tempo e ainda não pude ve-la, resolvi escrever para e sobre ela aqui.
Passamos muita coisa juntas, eu descasada, ela casada, depois me casei de novo, ela descasou, eu descasei de novo, casei de novo e lá está minha loira amiga, firme e forte ( nem sempre tão forte como os outros pensam), mas sempre firme ao meu lado.
Criamos as 2 lindas filhas dela ( a quem amo de paixão), meus 2 então moleques terríveis, depois curtimos a chegada da Luiza que era meio filha de nós duas.
Entramos no mundo da moda, fizemos tai chi, inventamos uma loja, bolamos almoços e jantares incríveis e choramos muito, uma no colo da outra.
Todos temos na vida uma loira. Tenho Dina, minha queridíssima amiga, minha consciência, ajuda sem fim em todos os momentos da vida.
O que quero prá ela? Tudo, de bom e lindo e que nunca perca a paciência com as minhas fraquezas e medos.
Dina, feliz aniversário.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Os gays e os argentinos...ambos que se cuidem!




Duas coisas estava pensando agora cedo, na verdade depois de ler a Folha.
1- Uma bem maluca: a da psicológa que será julgada hoje, por seus pares, por afirmar que " cura o homossexualismo". Não preciso mencionar que a dita senhora é evangélica! Esse pessoal tem se especializado em marketings (!) desse tipo. Não é de hoje que, "zapeando" pelos canais de TV, vira e mexe encontro um desses pastores histéricos propondo não só a cura de doenças incuráveis, como para o homossexualismo. Fico pensando, aí sem nenhum humor, no que leva uma pessoa a procurar e, pior, acreditar, num troço desses? Ok, Ruy e Gilberto, no sábado acabamos falando sobre crenças, fé, etc. Entendo seus pontos de vista, quem consegue acreditar, pode acreditar em qualquer coisa, mas o que me impressiona é que tem muita gente com uma certa cultura e informação que nos últimos tempos tem se assumido como " evangélica"! Isso é que me espanta.
Não sou socióloga, teológa, filósofa, nem coisa que o valha, mas fico intrigada: de onde vem esse vazio imenso, essa insatisfação, essa solidão tamanha que leva pessoas aparentemente inteligentes a crerem em barbaridades desse tipo? Alguma coisa tá fora da ordem, fora da ordem mundial, já disse Caetano...
2- Essa é mais legal, a tal gripe suína, crescendo em proporções geométricas na Argentina. Gente, só pode ser sacanagem! Os argentinos que são quase unânimidade no quesito " antipatia" na América do Sul, tinham que dormir com mais essa...Tanto lugar pelo continente para essa epidemia, tinha que ser lá, entre os pobres hermanos...! Gil, meu marido, com seu humor prá lá de cáustico, diz que tudo de ruim vem sempre do sul, vou dizer o quê agora!?
Ler jornal é sempre uma experiência renovada, daria para escrever uns 10 blogs sobre notícias veiculadas diariamente. Sei que vou passar o dia pensando na psicóloga surreal e no destino trágico, como um tango, dos nossos vizinhos de baixo.

sábado, 11 de julho de 2009

A gente escolhe...



Dia super chuvoso....desde a madrugada vem água sem parar do céu.
Sou suspeita, pois adoro chuva! E dias cinzentos...outra herança de meu pai, que também amava esse tipo de clima.
Claro, os aficcionados por atividades ao ar livre, calor senegalês, etc, etc, ficam meio bravos.
Mas vamos combinar, a maneira de como encarar um dia desse tipo, a gente escolhe.
Não dá para caminhar nos parques? Dá para pegar um filme em DVD e assistir no quentinho do sofá! Não dá para fazer o churrasco de sábado, regado a muita cerveja gelada? Dá para preparar uma " pasta" com molho generoso, uma ótima garrafa de vinho ou ainda um lindo aperitivo, bem arrumado na mesa de centro, uma cesta de pães e um ótimo Cd( sugiro um Coltrane, um João Gilberto ou mesmo Burt Bacharach) de fundo musical. Aquelas compras que pretendia fazer hoje tem que ser adiadas? Pense que pode ser melhor, dá prá repensar se realmente precisava faze-las...
Dia chuvoso...Sugere tricotar echarpes fofinhos, colocar a leitura em dia, escrever com calma, ficar com roupas confortáveis, testar receitas de pães, namorar...
A gente é quem escolhe.
Você pode ficar aí, num canto, resmungando, vociferando contra o tempo, contra a natureza, contra Deus.
Eu? Como adoro dias chuvosos e cinzas, resolvi comemorar com tudo o que escrevi acima: vou ver filmes, ouvir muita música, ficar bem quentinha e me divertir!
Um ótimo sábado pra todos!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O revolucionário



Hoje, acordei muito cedo para despedir de minha filha Luiza que saiu em viagem de férias e nessa nostalgia (de ver filho crescer e sair sozinho), lembrei de meu pai num distante 9 de julho.
Escrevi, tempos atrás, num outro blog, sobre o lado revolucionário dele.
Não vou me repetir, nem falar sobre esse momento da história de nós, paulistas, afinal tem gente muito mais bem preparada e documentada para tratar do assunto (não é, Major Newton e Gilberto?).
O que hoje, 9 de Julho, me traz de volta é a figura íntegra e forte de papai, suas convicções inabaláveis, sua retidão de comportamento, seu amor à família, à terra, à São Paulo. Do corajoso revolucionário, que terminou sua participação nesse episódio de revolução com a patente de tenente-coronel, tenho a imagem do velhinho frágil, andar lento e delicado, que amava morar a dois quarteirões da Avenida Paulista para poder ali caminhar e sentir, como ele mesmo dizia, a força e grandiosidade de São Paulo!
Já disse antes, a maior herança que dele recebi foram seu amor, os estudos, a informação e sua biblioteca que até hoje, como um colo, me protege e anima nos dias de tristeza e agonia. E também o orgulho e paixão por essa cidade, por esse estado!
Em algumas partes desse país tão complicado e multifacetado, somos, os paulistas, vistos de maneira equivocada: predadores, egoístas, chatos, viciados em trabalho, deselegantes e pouco criativos.
Somos mais que isso: temos um crença infinita que é possível melhorar sempre, que a excelência só pode vir do trabalho bem feito, que cada dia, mesmo que anonimamente, podemos deixar nossa cidade mais bela, seja plantando um pequeno jardim, colocando um vasinho de flor numa varanda ou apoiando uma causa ambiental maior.
Somos índios, portugueses, bandeirantes, revolucionários, mestiços, negros, orientais, árabes e judeus, muçulmanos, católicos, ateus e umbandistas, somos tudo e somos nada, com mil rostos e um rosto só.
Criei meus filhos assim, com orgulho de serem paulistas (de sangue misturado, bem ao gosto daqui!).
De papai, idealista e revolucionário, veio esse amor, e também a linda bandeira, de São Paulo, que enfeita minha sala.
E as saudades e ausência que se tornam, a cada dia, maiores e mais doloridas.

( para meu pai, um homem de verdade!)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Para Rubão




Hoje, versos de Rubens Jardim, primo querido e poeta como poucos...
Rubão, você sabe, queria muito ser como você...



Toda mulher é uma viagem
ao desconhecido.
Igual poesia avessa ao verso e à trucagem,
mulher é iniciação do dia,
promessa, surpresa, miragem.
De nada adiantam mapas, guias,
cenas ensaiadas ou pilhagens.
Controverso ser, mulher é via
de mão única, abismo, moagem.
É também risco máximo, magia,
caminho íngreme na paisagem.
Simplificando: mulher é linguagem,
palavra nova, imagem que anistia
o ser, o vir-a-ser e outras bobagens

terça-feira, 7 de julho de 2009

Começo, meio e fim? fim?




O que determina o fim de algo, de um relacionamento, uma situação, um projeto?
Digo que, mesmo olhando prá trás, tenho dificuldades em perceber, com exatidão, o sinal claro de rupturas. Ou dos finais.
Com os sentimentos, os tais amores e paixões, fica ainda mais complicado. Não tem o " belo dia" que eu descubro que acabou. Foram dias, meses, até anos de uma espécie de agonia lenta, mas imperceptível, que acabaram selando um fim.
Anos atrás e mais jovem, só percebia que um grande amor tinha terminado quando me descobria apaixonada, de novo, por outra pessoa. Era um susto, uma perplexidade! Me sentia mais ou menos como o tal rei dos contos de fada: totalmente nua em público! Como era possível que eu, que me supunha apaixonada e bem resolvida, estar interessada em outra pessoa? Tá bom, a gente cresce e no meu caso vim a descobrir que sou capaz de gostar de muitas pessoas, em graus diferentes e de jeitos diferentes, ao mesmo tempo.
Mas até hoje tenho dificuldade em saber quando " termina"...
Será uma bobagem ficar buscando o " começo, meio e fim" de todas as coisas? Perversão típica dos virginianos, como diria meu querido mestre de astrologia, Hélio Amorim? Não sei dizer.
A verdade é que, de um jeito ou de outro, jovem ou mais velha, imatura ou mais sábia, ainda preciso saber o que existe e o que não existe mais. Mesmo que seja só " um caso", namoro bobo ou até mesmo o meu casamento.
Apesar de todos os anos vividos, confesso aqui minha total incompetência em " caminhar em terrenos escorregadios ", em lidar com situações indefinidas, em flutuar numa nuvem, sem chão firme para colocar os pés...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sobre críticas ( p/ Dina)

Nil, hoje assistindo Saia Justa as meninas estavam falando de mudanças e uma delas falou em mudar o outro, que pra mim vem junto com a critica boa ou má,penso que precisamos pensar nas nossas mudanças e avaliar a gente mesma e o nosso amigo parente etc.....precisamos estar junto.
Onde está seu lado virginiano que ficou calada?
Amiga estou com saudades. ( post da Dina, minha grande amiga sobre meu blog " Críticas construtivas).


Dina querida,
Me perdoa colocar seu post no blog, mas achei muito interessante sua colocação. Vamos lá. Esse negócio de " mudar o outro" é complicado... Lembra quando a gente casou, jovens e cheias de sonhos e acreditava ser possível " mudar o outro"? Ah, depois que a gente casar ele vai beber menos, ser menos "galinha", ser mais responsável? Pois é...
Mesmo as nossas mudanças, de nós prá nós mesmas, via terapias, etc, etc, não são tarefas nada fáceis, amiga! Quanto choro e ranger de dentes ao nos defrontarmos com nossos erros, fraquezas, idéias equívocadas, atitudes sem sentido...e a dificuldade em mudar a gente mesmo??? Né, não?
Sei, e você também, que estamos comprometidas em "mudar", de cabeça, na maneira de ver o mundo e as coisas, com o que queremos da nossa vida afetiva, profissional, mudar como mães, amigas, cidadãs...Isso me parece ser obra para toda uma vida, um trabalho sem fim que nos obriga todo o tempo a analisar o que somos, pensamos e fazemos. Mas acho que existem momentos que estamos cansadas, fragilizadas e aí é que pega a " tal crítica construtiva"...Com ela vem o " pêso" da amizade, da imagem que temos perante os amigos e preservamos tanto...E outra, sempre me pareceu mais fácil a gente consertar a vida dos outros, afinal não se estando envolvida tudo fica mais claro.
Acho, sinceramente, que o que mais preciso(amos) agora é de colo, de apoio, de afeto puro e simples, de aceitação (com qualidades e defeitos) pelo que sou( mos)... Esse carinho, que só os amigos são capazes de nos dar, é essencial, vital, até para fazermos as tais mudanças tão necessárias que estamos precisando.
Em tempo, meu lado virginiano calado, que te espantou tanto, tá aqui, firme e forte e em determinados momentos opta por se calar, por assimilar o golpe, em nome de uma coisa maior: amigos...( tb coisa de virginiano!)
Um beijo enorme, querida amiga, vamos nos falando.
Também estou com enormes saudades, vê se aparece!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Coração branco e preto



Hoje não tem conversa nem mais interessante, nem mais importante...

É só festa!

Ps- Ruy, lembrei muito de você durante o jogo, com seus comentários sobre o documentário " Fiel"...Será que você se emocionou ontem? beijos

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Críticas? Nem construtivas, por favor



Conversando com minha grande amiga Lia, brilhante mestra em Direito e professora do Mackenzie,soltei a frase que dá título a esse blog.
Gente, do jeito que estamos e como a vida anda nos tratando, não suportamos mais nenhum tipo de crítica.
Nem as tais " construtivas"! Essas então, são as piores, pois sempre surgem sob o manto da amizade, da intimidade do convívio e, pior, com o intuito claro de nos deixar pior do que estamos nos sentindo. Quem vai mandar o amigo/a " pr´aquele lugar"? Vontade é não falta, mas...
Ou seja, ficamos arrasados, ps. da vida e ainda somos obrigados a engolir em seco para não perder a amizade. Não dá, gente.
Fica aqui não um conselho, sequer aviso, mas um lembrete: antes de criticarem alguém, seu comportamento, suas fraquezas, erros ou equívocos, pensem um pouco, contem até 1000. Por mais boa vontade e carinho que exista atrás dessas atitudes, não se esqueçam que " de boas intenções o inferno está cheio"...