quarta-feira, 18 de agosto de 2010

55





Falta muito pouco para os 55 anos. Completos.
Um número interessante 55, pelo menos eu acho já que adoro números " dobrados". Quando tinha carro sempre escolhia placas com números assim: 11, 22, 77, 55, 00.
Mas não é sobre números esse blog de hoje, mas sobre 55 anos.
Sempre fiz muito auê com essa coisa de niver, planejava, inventava festas, falava e contava pra todo mundo, fazia balanços, inevitável, só sei que dessa vez estou quieta.
Quem me lembrou da data foi o Facebook. Isso mesmo, facebook é também uma ótima agenda!
Ok, estou bem, ainda uso manequim 38, vou a shows de blues, entorno ( menos) umas biritas e ainda sonho com o Tahiti, Buenos Aires, Paris ou Fernando de Noronha.
Mas quero sossego, muito sossego, ler ou escrever sem ser interrompida, não ter compromissos pela manhã, nenhum mesmo, nem atender ao telefone, só ler meu jornal e resolver palavras cruzadas, tomar café com bolo nos finais de tarde, sem agitação nem conversas demais, brincar na farmville, olhar o céu, rir com as coisas das netas.
Saiu o hard rock entrou o blues, saiu o sambão e entrou a bossa nova. Quero muito Tom, Jobim e Waits, muita Alberta Hunter e John Lee Hooker e menos Stones,Ten Years After ou Madonna.
Ando assim, não é de hoje, mas fica claro que tudo aponta para mais serenidade e maior profundidade.
Pensei muito, anos atrás, em fazer uma mega festa quando chegasse aos 55 anos. Data bacana, eu, 55 e meu time, o Corinthians, 100 anos, no mesmo dia! Um " bal" preto/branco!
Quer saber? Quero não.
Quero poucos e escolhidos amigos, aqueles que me suportam e amam apesar de mim mesma. Poucos. Raros. Num brinde silencioso, numa troca de olhares, de cumplicidade.
Sem grandes palavras nem frases de ocasião, apenas isso, sendo, estando juntos, para mais um ano ou anos, pouco importa. Intensos, ricos mas, principalmente, serenos.

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