quarta-feira, 3 de junho de 2009

14 minutos...






Li hoje, quarta-feira, que, segundo algumas especulações de técnicos, o Air Bus da Air France que se acidentou no Oceano Atlantico provavelmente atravessou enorme turbulência por aproximadamente 14 minutos, antes de cair.
Fiquei pensando muito sobre isso.
Ontem, nesse blog, falei do tempo, aquele que passa pela gente (idade) sem que percebamos. Hoje e aqui escrevo sobre um tempo, de novo, mas os tais 14 minutos vividos de uma forma terrível...
Aqueles que já passaram por situações limite e sobreviveram prá contar dizem que a vida inteira passa como um filme.
Me pergunto: o que eu veria nesses 14 minutos? Fico imaginando, qual parte do filme estaria em minha tela mental? Ele todinho, sem cortes ou censuras? Em partes, só as boas? Momentos, vividos ou perdidos? Últimas impressões, talvez marcadas pela certeza de que são realmente as últimas? Não sei...
Foi ai que extrapolei e pensei: o que pode nos acontecer em 14 minutos? Tomarmos uma decisão que muda toda a trajetória da vida? Atitudes que uma vez acionadas não podem mais reverter um resultado? Ou, mais simples, um beijo roubado, proibido e que vai destroçar para sempre um coração? Interessante...
Ok, tudo é relativo, ensinou mestre Einstein, tem gente que vai viver 90 anos sem decidir nada, sem interferir em nada, ao sabor do destino e se ajeitando de acordo com o que a vida lhes apresenta. Outros, mais loucos, ousados e curiosos, talvez vivam uma vida inteira em dias, meses, horas ou minutos... em 14 minutos...
Já vivi quase 54 anos, matematicamentes cronometrados e sei, tenho certo isso, que em muitas ocasiões vivi toda uma existência em muito menos que 14 minutos...

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