domingo, 6 de junho de 2010

Escolhas









Na premiação do Oscar 2010, dois filmes disputaram, voto a voto, a preferência do público e da academia de cinema: Guerra ao Terror, de Kathryn Bigelow e Avatar, de James Cameron.
No primeiro há o relato a vida de um grupo de soldados norte-americanos que estão em batalha, na Guerra do Iraque, e a apenas 38 dias do retorno para casa. Em Bagdá, o grupo tem a difícil missão de enfrentar insurgentes que armam bombas pela capital iraquiana.
No segundo, Avatar, um ex fuzileiro ( ferido e aleijado) vai até Pandora numa viagem de redenção e descoberta e acaba liderando uma heróica tentativa de salvar a civização que ali habita.

Ok, o mundo não é tão maniqueísta desde Apocalipse, de Coppola, a gente descobriu que heróis e vilões não são tão facilmente identificáveis.
Mas mesmo assim fico pensando que o Iraque sob terror, com suas dores, as dúvidas da guerra, a enorme justificativa para invadi-lo, é menos interessante que Pandora e sua azulada gente.
A discussão já ultrapassou, em Avatar, as questões políticas, comerciais. Pouco importa a enorme parafernália de imperalismo, ali não se pretende justificar um ataque, com esses ou aqueles motivos.
O que o filme propõe é uma questão mais básica e vital: a sobrevivência de uma cultura num ecossistema rico, incompreensível e assuatador para quem lá chega.
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Entendi perfeitamente a premiação de Guerra ao Terror. Acho mesmo um filme datado, uma resposta meio de bate pronto ao momento vivido pelos EUA após o 11 de setembro. O pavor coletivo, a sensação, inócua, de um possível controle do terrorismo em suas variadas faces e locais. Vai sumir no meio do pó e virar um daqueles filmes que poucos lembrarão num futuro não tão distante.
Já Avatar, por sua temática, seus recursos de 3D, sua visão quase de um paraíso perdido, ficará como marco no cinema. É um filme novo, com nova roupagem e propostas que estão presentes nas mentes e corações de muita gente.
Aliás, andei lendo um monte de críticas que considero engraçadas, cascando o pau nas inovações de Cameron e em seu uso dessa tecnologia em 3D. Muita gente dita séria perdeu tempo analisando isso e esqueceu do tema.
Foi então que me lembrei de também ter lido sobre a enorme reação, negativa, quando o cinema até então mudo, passou a ser falado!
Sinto muito, pessoal, o cinema não acabou quando entrou a voz e nem acabará com o 3D.

E outra, aqui temos um poeta que um dia disse, " vou me embora para Pasárgada, lá sou amigo do rei..."
Pois eu quero mesmo é ir para Pandora e viver, de forma plena e intensa, essa incrível aventura!
Bom domingo.


ps- Pude reassistir, em DVD, presente de Luiza, minha filha, cinéfila de carteirinha, Avatar, durante o feriado. Não percam!

Um comentário:

  1. oieeeeeeee niiilllll.......

    To passando aqui, repidinho, para avisar q meu blog mudou de nome (só o nome, mas de resto continua o mesmo), mas perdi meus seguidores com a mudança. Por favor via lá no www.paradondocas.blogspot.com e me segue....to precisando de seguidoras...

    grade bju...

    Ps: o palomabertello logo mais vou desativar

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