Li hoje essa frase, de um dos meus escritores favoritos, Hermann Hesse:
A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.
Fiquei pensando no amor mas num amor maior.
E acho mesmo que, me perdoem os grandes amores, amor mesmo é o entre amigos.
Explico, entre casais esse sentimento é como polvo, tem muitos braços,tem desejo, tem ciúmes exagerados ou não, tem sentimento de posse, é meio antropofágico, belo sim, sem dúvida, mas bem complicado. E amores assim acabam, do nada, deixam de existir, deixam de querer tanto aquilo que queriam tanto.
Já o amor de mães e pais por seus filhos, ou entre irmãos, etc, são amores construídos pela convivência, pelo sangue e podem ser eternos mas lhes falta algo, uma vez que vem de laços fortes anteriormente existentes...
O amor entre amigos me parece o mais belo.
Vem de escolhas que andamos fazendo pela vida, de descobertas de pessoas em momentos e circunstâncias que nem sempre prevemos ou esperamos. Esse afeto que não tem que prestar conta nem ao desejo nem às obrigações sociais ou familiares existe nas afinidades, no reconhecimento de alguém com algo que também temos, que fala nossa língua e lê nosso coração.
Tenho amigos. Lindos. Sempre que posso falo sobre eles.
Nuns encontro uma química quase perfeita, sabem se estou bem ou não apenas ao ler uma mensagem que teclo, ou pelo meu " alô" ao telefone ou apenas de me olhar. E sem cerimônia me fazem falar, contar, desabafar sobre tudo o que me aflige. E nesse momento me sinto parte de um todo, de um universo rico e interessante que me traz conforto e devolve a harmonia. Encontro neles espaços possíveis para ter, inclusive, pena de mim mesma...E depois, como menina malcriada, ouço seus conselhos e opiniões com atenção, pois sei que me querem bem.
Noutros amigos encontro assuntos, conversas, descubro músicas, filmes, livros,viagens, o mundo que acontece, aprendo sempre e sempre coisas novas, boas, que me tornam melhor. Sabem me fazer rir, sabem encher meu copo com bom vinho e entre risos e olhos animados me dão a certeza de que a vida é bela.
Em todos, entretanto, encontro o bom do mundo, coisas que parecem meio perdidas nesses tempos que vivemos: caráter, coragem, verdades, risos, abraços e colos. E coisa mais maravilhosa, todos, sem exceção, são tão generosos, tão incrivelmente iluminados que me aceitam e me deixam ser exatamente como sou, assim, meio confusa, meio cruel, meio tola e irresponsável, mas eu mesma, sem máscaras nem disfarces.
Em especial para Dina, Nancy e Newton, em seus momentos tão particulares e meio complicados. Vai dar tudo certo, gente!
Para todos, de A a Z, vocês sabem quem são, por me fazerem companhia nessa vida.
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