
Esse tema, alianças, tem sido recorrente.
Desde às eleições, quem apoia quem, enfim, aquela coisa esquisita que se viu, mais algumas coisas que andaram acontecendo por aqui, me fizeram pensar, e muito, sobre alianças.
Alianças instáveis, como são todas as alianças.
Treco complicado.
E tem a ver com posicionamentos, opiniões, escolhas e no meu caso com o terrível hábito que tenho de falar o que penso. Deveria, isso sim, manter a boca mais fechada e deixar o barco correr, pois não há uma única vez em que não saia prejudicada ou magoada com isso.
A discute e ofende B, quase saem às vias de fato, isso em minha casa num pretendido almoço familiar de domingo. Procuro colocar panos quentes ( mas que mania!), B para não degringolar ainda mais o dia vai embora, deixa o campo de batalha depois de devolver as ofensas. A continua vociferando, peço calma, peço que páre. A saiu batendo a porta, ameaçando e, agora sim, transfere sua raiva contra mim.
A e B fazem as pazes em regulamentares 24hs.
B agora serve de intermediário, pois A não fala mais comigo!! Pode?
Em questão de horas a confusão e aparente aliança se deslocou, mudou seu epicentro e eu, além do desgosto e aborrecimento de uma cena patética e grosseira entre 2 adultos, passo a ser a vilã dessa comédia grotesca.
Quero quer que A e B imaginassem que eu fosse um ser passivo, sem voz nem temperamento. Que assistisse impávida e colosso como o Brasil, minha casa, meu espaço, minha paz, minha tranquilidade serem invadidas, arrasadas por motivos que sequer me diziam respeito.
Ou seja, queriam um " inglês" cheio de fleugma e distanciamento, mesmo diante de um terremoto acontecendo!
Não dá, sinto muito.
Sei que já faz algum tempo que isso tudo aconteceu e sigo sendo punida.
Meu crime ?Não aceitar a agressão e o desrespeito de A, que não foi só contra B, mas contra mim e todos que aqui estavam.
O que me consola? O que disse acima: todas as alianças tendem a ser instáveis. Variam, mudam, se alteram, ao sabor das conveniências do momento.
Muito chato e estranho isso tudo.
A dificuldade que existe em se respeitar o outro, ou outros, a imensa falta de humildade para se pedir desculpas, a grandeza em se reconhecer erros e exageros...
Mais fácil tranferir e congelar a raiva, usar pretextos absurdos e irracionais para não voltar atrás e deixar o dito pelo não dito.
Não há de ser nada.
Todas as alianças são instáveis, questão de tempo e eu que aprenda a me calar, me omitir, fugir de " bolas divididas" e quando a coisa ferver, eu que pegue minha bolsa e saia porta afora.
Mais sábio e muito menos doloroso.
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