sábado, 4 de dezembro de 2010

Alianças




Esse tema, alianças, tem sido recorrente.
Desde às eleições, quem apoia quem, enfim, aquela coisa esquisita que se viu, mais algumas coisas que andaram acontecendo por aqui, me fizeram pensar, e muito, sobre alianças.
Alianças instáveis, como são todas as alianças.
Treco complicado.
E tem a ver com posicionamentos, opiniões, escolhas e no meu caso com o terrível hábito que tenho de falar o que penso. Deveria, isso sim, manter a boca mais fechada e deixar o barco correr, pois não há uma única vez em que não saia prejudicada ou magoada com isso.
A discute e ofende B, quase saem às vias de fato, isso em minha casa num pretendido almoço familiar de domingo. Procuro colocar panos quentes ( mas que mania!), B para não degringolar ainda mais o dia vai embora, deixa o campo de batalha depois de devolver as ofensas. A continua vociferando, peço calma, peço que páre. A saiu batendo a porta, ameaçando e, agora sim, transfere sua raiva contra mim.
A e B fazem as pazes em regulamentares 24hs.
B agora serve de intermediário, pois A não fala mais comigo!! Pode?
Em questão de horas a confusão e aparente aliança se deslocou, mudou seu epicentro e eu, além do desgosto e aborrecimento de uma cena patética e grosseira entre 2 adultos, passo a ser a vilã dessa comédia grotesca.
Quero quer que A e B imaginassem que eu fosse um ser passivo, sem voz nem temperamento. Que assistisse impávida e colosso como o Brasil, minha casa, meu espaço, minha paz, minha tranquilidade serem invadidas, arrasadas por motivos que sequer me diziam respeito.
Ou seja, queriam um " inglês" cheio de fleugma e distanciamento, mesmo diante de um terremoto acontecendo!
Não dá, sinto muito.
Sei que já faz algum tempo que isso tudo aconteceu e sigo sendo punida.
Meu crime ?Não aceitar a agressão e o desrespeito de A, que não foi só contra B, mas contra mim e todos que aqui estavam.
O que me consola? O que disse acima: todas as alianças tendem a ser instáveis. Variam, mudam, se alteram, ao sabor das conveniências do momento.
Muito chato e estranho isso tudo.
A dificuldade que existe em se respeitar o outro, ou outros, a imensa falta de humildade para se pedir desculpas, a grandeza em se reconhecer erros e exageros...
Mais fácil tranferir e congelar a raiva, usar pretextos absurdos e irracionais para não voltar atrás e deixar o dito pelo não dito.
Não há de ser nada.
Todas as alianças são instáveis, questão de tempo e eu que aprenda a me calar, me omitir, fugir de " bolas divididas" e quando a coisa ferver, eu que pegue minha bolsa e saia porta afora.
Mais sábio e muito menos doloroso.

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