domingo, 10 de janeiro de 2010

Caso encerrado




Por que tem que ser tão difícil?
Vou explicar: certamente todos, ou quase todos, já passamos pela experiência de terminar uma relação afetiva.
Namoros, casamentos ou um simples " ficar" algum dia terminam. Claro que ver a relação "terminada" pelo outro que não a gente é mais doloroso, pois entra o sentimento horrível de ser rejeitado, com todas as clássicas perguntas " o que eu fiz? onde errei? por que? por que?"...e aí vai.
Fora esse agravante," sair ou ser saido" sempre é difícil reconstruir...
Duas alternativas muito usadas: matar o outro em vida, deletar o e-mail, o número na agenda do celular, rasgar as fotos, bilhetes, esconder os presentes recebidos e nunca mais ouvir aquela música ou cantor que ele ou ela adorava. Os amigos? Esses ficam proibidos de mencionar qualquer coisa, por mais tola que seja, que lembre o canalha! E como os amigos sofrem, pois precisam se manter em estreita vigilância para não provocarem uma inundação de lágrimas ou reclamações da amiga em crise...
A segunda alternativa é o que chamo de " exposição constante": continuar indo aos mesmos lugares, bares, festas, casas de amigos comuns, shows e passar noites e dias revendo fotos, bilhetes e deixando o som rachar com " aquele" disco tão importante para os dois. O risco dessa comportamente é o de encontrar o ex com uma morena de parar o trânsito ou ao lado da loira que ele jurava ser " apenas uma grande amiga".

Dificil isso. Não sei qual a alternativa pior.Sei que sofremos de qualquer jeito, mesmo que o tal relacionamento já desse sinais de desgaste e tédio, ainda assim dói. Claro, tem o hábito, tem a acomodação de não ter mais que sair em busca da outra metade, tem a coisa certa, garantida, mesmo não sendo a mais divertida. E como nos acostumamos com isso. Paixão controlada, mesmo condenada à extinção é o sonho de consumo de nossas mentes fantasiosas..
Sei que me casei 3 vezes, portanto além dos inúmeros namoros, casos, romances, etc, vivi enormes quebras de rotina, sensações de perdas e fracassos, mas acabei descobrindo qual é a maior dor disso tudo. Não é o desespero inicial, a falta de chão e de objetivos, o ar preso no peito, o choro descontrolado, as noites de insônia, a solidão ou o catar de cacos. É descobrir, tempos depois do choro e do ranger de dentes, que um dia essa pessoa que nos fazia tanto bem, a quem amávamos tanto, que era o modelo de felicidade almejado, deixou de existir, deixou de ter alguma importância e passou a ser um mero registro de nossa história. E aí a gente olha e se pergunta: como foi possível que um dia eu tenha amado esse completo desconhecido, como pude perder dias e noites da vida por essa pessoa?
A vida é mágica, pois é nesse exato momento que estamos prontos a nos apaixonar de novo e começar, mais uma vez, outra linda estória de amor!

Para Luiza, que me deu o tema.

Um comentário:

  1. Com certeza é difícil para os dois lados!

    Eu já fui "rejeitada" por alguém que ainda amo e sofri muito, mas hoje eu percebo que não valeu a pena!

    Largar também é muito dificil já que nao queremos decepcionar quem gosta da gente...

    Mas a vida é assim... Nascemos para amar.. e todos um dia sofre por amor!!!

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