terça-feira, 7 de abril de 2009

O Barroco





Tá certo, confesso, sou fâ do Barroco...
Meus amigos modernosos, amantes dos designs, dos móveisescultura (que quase não servem como utilitários), dos espaços amplos, limpos, quase cirúrgicos, do preto, branco, vidro, concreto e metal, tem pavor das minhas arrumações...rs
Ok,também chamo de barroco todo o caos, as quinquilharias, os montes de coisas.
Mas amo o Barroco. Rubens, Caravaggio,Velásquez,El Greco, Vermeer, Aleijadinho. Na música Vivaldi, Pachelbel,Corelli e Bach...
Se existir mesmo essa estória de outra vida, já vivi no período barroco.
Falo disso para registrar minha tristeza imensa com duas noticias.
Uma, semana passada, sobre o estado lastimável de conservação de importantes igrejas em Mariana-MG, Congonhas-MG e Ouro Preto-MG ( fig 2).
Expressões máximas do barroco mineiro(ou brasileiro),tombadas pelos Patrimônio Histórico, sendo que o conjunto arquitetonico de Ouro Preto é Patrimonio da Humanidade, a maioria encontra-se à beira do desabamento e destruição. Não existem projetos de restauração e se existem não liberam verbas. Não existe uma preocupação, no caso de Ouro Preto, em se desenvolver politicas voltadas ao controle do turismo(exagerado) que acaba virando predatório, enfim, penso que minha neta Sofia não vai encontrar mais essa beleza e arte magníficas quando tiver idade suficiente para buscar conhecimento...
A segunda, o terremoto que atingiu a região de Abruzzo, na Itália e praticamente destruiu a cidade de Áquila..." muitos tesouros artísticos de Áquila, como a catedral, o Forte Spagnolo ( fig 1), e a basílica de Santa María di Collemaggio( fig 3) sofreram danos severos e muitos deles desmoronaram pelo menos em parte, como informa hoje a imprensa local.
A catedral, que contém pinturas dos séculos XVII e XVIII, sofreu danos enormes e as fotos tiradas do ar mostram que uma parte do teto e de uma das áreas laterais vieram abaixo.
Também desmoronou uma parte do transepto de Santa María di Collemaggio, basílica edificada em 1287 por Pietro da Morrone, que mais tarde viria a se tornar o papa Celestino V.
As obras que datam da dominação espanhola sobre a cidade - que foi parte do Reino de Nápoles de 1527 a 1738 - foram também parcialmente destruídas pelo tremor." (Notícia veiculada na UOL, hoje).
Uma pena. Uma tristeza.
Algumas diferenças, lá, na Itália, um fenomemo natural, imprevisível e incontrolável,o terremoto, destruiu uma parte da História e seus registros. Aqui, nesse pais,a cegueira cultural, displicência e safadeza fazem o serviço.

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