quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O presente é o passado que não acabou...

Meu querido amigo Newton Nazaro colocou as coisas, tão simples, nos seguintes termos: O presente é o passado que não acabou"...
Falávamos sobre música, sobre rock and roll que move a trilha sonora de nossas vidas, de toda uma geração que teve a benção de " ver e ouvir" ao vivo, no exato momento que acontecia! Sem Youtube, sem arquivos, sem Cds ou outra tecnologia.
Era pelo rádio mesmo ( Excelsior, Difusora, Mundial do Rio), pelas revistas e por troca de informações da confraria que ia " contando as novidades", novos discos, sim " discos", vinis e suas maravilhosas capas, que saiam dos fornos! Ou os bons contatos que tínhamos no " Museu do Disco, Hi-Fi" que nos telefonavam ( telefone fixo, gente, não havia celular) prá avisar do que tinha chegado nas lojas!
Foi assim...com o Álbum branco dos Beatles, com o Abbey Road, com o Sticky Fingers dos Stones e sua capa censurada, com o Grand Funk, com Johnny Rivers, com Lennon igualmente sob censura, com tudo de bom e lindo que ouvíamos! E a música, essa música, ou esse " tipo de música" que nos unia a todos num elo indestrutível...Éramos um e todos ao mesmo tempo....
E teve " Hair" e todos os Hendrix, Joplin e teve o marco inesquecível de " Woodstock", quando descobrimos Crosby, Stills, Nash e Young, Santana, Johnny Winter e caímos em êxtase com The Who e seu emblemático " Tommy".
Lindos dias, lindos tempos e tantas aquisições que trazem , essa geração, que hoje passa dos 50, ainda tão viva e pulsante.
E nos tornamos assim, chatos sob alguns olhares, exigentes e não caímos em modismos nem batidinhas de " quinta" ou tons comerciais...
Curtimos coisas boas desde então, Stevie Ray, Emerson/Lake/Palmer, REM, Dylan, Yes, Mountain e Nirvana. Mas somos pentelhos mesmo!
Viver onde e como vivemos teve seu preço! E o pagamos com gosto e boa vontade, sem concessões e cada vez que nos reunimos, alguns de nós ou sentamos sozinhos para " curtir" um momento, a trilha é sempre a velha e boa na qual fomos criados e moldados.
Hoje falei com grande amigo, músico primoroso, cantor sensível, João Paulo e disso falamos, sobre a linda banda que tiveram, de qualidade e inesquecível, mas que não teve, naquele momento, forças pra chegar ao grande público. Faz mal não, João, a consciência está tranquila, o bom e bonito foi feito. Sorte de quem viveu isso. Sorte nossa.
O nosso legado? Toda a maravilhosa música, o incrível rock and roll, and blues, and country, and fusion e todos seus músicos que nos obrigaram a " afinar" os ouvidos"  e aprender a separar o que presta do que não presta!
Um presente do destino ter vivido nesse momento, único e peculiar, do mundo e suas canções!
Sou e serei sempre grata a isso.
beijos

ps- Para Newton Nazaro e João Paulo de Almeida.
ps- para todos os grandes músicos, famosos ou não

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