quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Canta, canta mais...

Dia desses vi que Gil, meu marido, estava " passando os olhos" por esse meu humilde blog. Não é sempre que tenho esse privilégio, Gil escreve muito bem e suas críticas e considerações são sempre acertadas.
Depois de ler ele, quem o conhece sabe, com aquele jeito sério e polêmico me disse gostar muito dos meus textos bem humorados ou engraçados e não muito dos marcados pela tristeza ou melancolia...
Fiquei pensando, será que o que ele chama de " melancólicos" não seriam os que, de verdade, abro mais o coração e divido, de maneira escancarada. o que me toca e sensibiliza?
Entendo, o temperamento dele é, embora aparentemente mais expansivo que o meu,  bem reservado. Gil não divide emoções suas com quase ninguém. Guarda, esconde, camufla, tenta não deixar vir à tona. Um leonino, portanto, alegre, espalhafatoso que se nega ser chamado de " deprê" ou baixo astral..rs.
Ocorre que não sou assim. Sou meio bipolar, talvez por conta de meu Gêmeos no ascendente tenho momentos de muito humor e graça versus o de extrema sensibilidade e até mesmo desencanto.
Essas diferenças tem sido o tempero do nosso casamento de tantos anos e, obviamente, motivo de alguns bate-bocas..rs.
Tem jeito, não, cada um é como é.
Hoje escrevo um dos textos que, já sei, não será do agrado do meu leonino favorito.
A canção que dá nome ao blog, Canta, canta mais, de Tom e Vinícius, veio no " box" que ganhei de Luiza, minha filhota, presente adiantado de aniversário. Ela comprou no Rio nesses seus dias de férias sabendo de minha paixão sem cura por tudo que Tom fez.
Não dá para não me emocionar e são vários e delicados motivos.
Presente comprado no Rio de Janeiro, uma cidade que só me traz linda memória de infância de criança amada por pais como os meus, dedicados e sempre atentos a tudo que fazia feliz! Praia de Copacabana, areia branca e fina, céu e mar azuis de dar até dor nos olhos, sorvetes,  muita música. Sergio Endrigo, Nico Fidenco, Dick Farney  e Tom que rodavam sem parar na " vitrola"  e a imagem de minha linda mãe rodopiando com eles pela sala...
Tom Jobim...Tom Jobim. Esse músico e pessoa incrível é a cara de um Brasil que gostaríamos que um dia fosse como ele. Atento, talentoso, sensível, belo, cheio de poesia e consciente do mundo que o cerca, da natureza que, linda, tem que ser preservada e amada. Dá para não se emocionar ouvindo e vendo Tom? Não dá.
E, talvez, o maior dos motivos : do Rio de Janeiro veio Tom de presente, dado por Luiza!
Que se chama Luiza por causa de Tom! Mágica delicada do destino que uniu uns e outros, mãe e músico, filha e músico, mãe e filha.
Pois é. Chorei ao ver e ouvir o maestro Tom Brasileiro, por ter vivido tudo que vivi, do Rio até aqui, por ter dado esse nome à minha filha, Luiza e por ela também amar essas canções...
A letra dessa música é um primor colocado nas notas únicas em harmonia e diz assim:


Canta, canta
Sente a beleza
Canta, canta
Esquece a tristeza
Tanta, tanta
Tanta tristeza
Canta
Canta
Quem canta o mal espanta
Vai sempre cantando mais, mais
Canta pra não chorar
Canta, canta
Canta, vai, vai
Segue cantando em paz
Canta, canta
Canta mais

E resolvi, vou cantar sempre, espantar as minhas tristezas e minhas saudades, vou atrás da paz e harmonia contidas nessa lindeza...E através do Tom e Luiza e toda uma trajetória vou viver, até onde for, me emocionando.
Bom dia!




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