segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Conversas..


Em conversas ontem sobre tema até meio bobo e lugar comum, assuntos de família, chegou-se à conclusão de que quando fazemos coisas boas, legais, querendo ajudar, etc, para outras pessoas, não se espera retorno, mas ingratidão a gente dispensa!
Esse sentimento, ingratidão, é doloroso, ainda mais quando envolve pessoas próximas, amigos, parentes, etc. Deles, afinal, a sempre quer estar perto, quer conviver, quer ver bem.
Pensando sobre isso percebo que a 'ingratidão", ( no dicionário  "s.f. Falta de reconhecimento, de gratidão; qualidade do que é ingrato.Pagar com ingratidão, não ter reconhecimento", ) tem, em geral, três caminhos: a falta de memória, proposital ou não, o orgulho e o mau-caratismo. Senão vejamos:
O " desmemoriamento" faz como que sejam esquecidos os momentos de "precisão", de necessidades de qualquer tipo: uma palavra, um colo, um olhar, dinheiro, companhia, ajuda, afeto e apoio. Ok, precisou-se, foi-se atendido, boa tarde, passar bem. E nisso vem um perigo gigantesco: precisar de novo...E a vida é mestra nisso. Não se fica imune nunca de precisar de alguém.
O orgulho é outro caso, mais complicado, pois não trata de esquecer ou lembrar de ter sido ajudado, mas de querer sempre que todos os desejos e necessidades virem " prioridades", ou seja, uma distorção maluca que quer tornar a atitude generosa e prestativa do outro numa quase obrigação ou, pior, um defeito ( se essa ajuda não vem como se quer!).
Do mau-caratismo não preciso falar muito. De quem não tem caráter esperar o quê?
Existem pessoas, por natureza e temperamento e mesmo formação, solidárias e disponíveis. Conseguem se colocar no lugar do outro, sentir e perceber as dificuldades e dores alheias. E buscam, como podem e nem sempre podem, amenizar e amparar. Esses seres em sua maioria abrem mão de " priorizar" seus próprios interesses, procurando um bem comum. Não esperam louros, nem reconhecimentos. Mas também não esperam ofensas e mesquinharias.
Difícil, viu?
A natureza gentil e sensível de quem se dispõe a " dar uma força" se ressente muito quando percebe que existe tanta desconsideração e indelicadeza pelo mundo.
Como disse, foi uma conversa pouco importante ontem, onde exemplos de "ingratos" foram dados.
Pessoas que passavam por " perrengues" de todos os tipos, saúde, dificuldades emocionais, solidão, etc, que, assim que se viram mais ou menos " bem", trataram de virar as costas sem olhar para trás e, mais triste, ainda buscaram " detonar", de maneira cruel e fria, aqueles que os ajudaram.
Um longo silêncio ficou entre nós, eu, Gil e meu enteado, quando terminamos esse papo. Uma perplexidade, um desânimo mesmo, diante da mediocridade e tacanheza.
Ajuda não se cobra, verdade verdadíssima, agora falta de consideração é de doer.
 Boa semana.

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