quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Em Technicolor!



Pois é, seria bom se fosse assim: nosso mundo em technicolor ( nem sei se é assim que se escreve, tal a antiguidade do termo!!).
O mundo, entretanto, não é, sinto lembrar.
Vou, como nos mosaicos, juntando pedacinhos de coisas legais, momentos bons, encontros fortuitos, e-mails delicados, telefonemas esperados e, como cenas de filmes editadas por bom profissional para garantir um final mais ou menos feliz, a película fica pronta.
Mas não é em technicolor, nem em panavision, muito menos em 3D nem com James Cameron criando estratosféricos efeitos especiais com seres azulados...
Nem Nárnia, nem As Terras Médias nem Pandora são os cenários...
É o aqui mesmo, trânsito, cidade caótica, ruído, etc, etc..,
E mais a neura instalada de final de ano e todas as implicações de sempre...( ai, que ano mais chato, mais improdutivo, cansaço, sensação de "pela metade"...etc, etc..)..
Aliás, dia desses fiquei pensando nisso, nas " lamentações" de dezembro e acabei rindo sozinha!
Por que será que achei que um dia, no caso o último do ano, que vem logo após os pantagruélicos banquetes de Natal, teria o poder de " zerar", apagar ou melhor ainda, em bom português " resetar" toda uma vida e seus intrincados processos que podem e devem estar se arrastando por dias, semanas, meses e até mesmo anos?
Será mesmo que acredito nisso?
Será que plasmei em minha mente e no fundo do meu tolo coração os lindos musicais da época de ouro da Metro, onde depois de muitos perrengues, obstáculos, desencontros e sustos, nossos heróis, ele e ela, afinal se beijavam sob iluminação maravilhosa, fundo musical impecável e até piscinas que pegavam fogo???Ou seja, uma crença incrível em " finais felizes" ???
Não é possível, dirão vocês, mas é para mim!
De todos os possíveis enredos e diretores de cinema, com seus multifacetados estilos, escolhi logo os adocicados, os heroicos, os cheios de apreço à fantasia e encanto...
Preciso tanto de Lady Rowena ( em Ivanhoé), de Isabeau ( em Feitiço de Aquila), de Dorothy ( no Mágico de Oz), de Julieta, de Ofélia ( No Labirinto do fauno) de Blanca, de Alba e Clara ( na Casa dos Espíritos), da Princesa Lea ( em Star Wars) e até da heroina Na´vi de Avatar...
Pois é...tudo me leva a concluir que sinto e penso em technicolor.
E das duas umas, ou alimento isso tudo bem quietinha enquanto escrevo, pinto, sonho e mergulho nesses lindos filmes e trato de enxergar o " outro mundo", esse real, cotidiano, repetitivo e sem grande charme, sem maiores dramas ou expectativas ou...ou...a outra alternativa...humm....não sei..rs...
Sei apenas que quando a coisa aperta, a vida está triste, o cenário fica denso, chato, pesado, mergulho nas tintas, nas plantas, nas formas e nas letras e frases...
Mergulho em Tolkien, em Homero, em C S Lewis, nos 12 trabalhos de Hércules de Monteiro Lobato, em George Lucas e Ridley Scott...
E meu mundo fica muito, mas muito mais feliz! E em technicolor!!



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