terça-feira, 29 de novembro de 2011

Meio assim..




Mais fácil achar que é o final de ano.
Foi um ano desses que nenhuma grande mudança aconteceu. E, a bem da verdade, nenhuma grande tragédia, fora as misérias cotidianas, aquelas de sempre...
O fato é que estou sem pique nem ânimo e não vou culpar a sequência, inventada, de 12 meses, para justificar.
As coisas vão se acumulando: dores, decepções, sonhos revisados, esperanças realinhadas, tempo em contínuo movimento se fazendo sentir na pele e nos ossos...
E para cada fato acima descrito, preciso de mais e mais tempo e energia para me recuperar.
Antes superava um final de casamento em 3, 4 meses de muito chororo e ranger de dentes, hoje um susto me arrasa por pelo menos 2 semanas!
Notícias ruins, imagens idem, brigas, discussões, filhos com síndrome do pânico, contas atrasadas, piadinhas maldosas ou ausências de afetos tem o dom de roubar o sono, a fome e a alegria.
Ou seja, as mínimas variações de temperatura, pressão ou umidade são sentidas como verdadeiras tsunamis.
Todo mundo vai ter uma receita para me dar: vá fazer yoga, tai-chi, assistir missa, meditar, mudar a dieta, tomar tranquilizantes ou fazer terapia, né não? Pode ser tudo junto também..rs.
Mas estive pensando, o que me faria muito, muito bem mesmo é ver o mar, o mar na amada praia de Juquehy e poder ficar lá, sentada, como um vegetal, imóvel, por horas a fio...só olhando...E depois caminhar, com calma, fazendo o caminho de volta, de volta para mim mesma...E aí, quem sabe, nesse reencontro que necessito com tanta urgência, voltar a ser mais feliz, mais serena, mais corajosa...
E então, quem sabe, eu possa reencontrar os sonhos, os projetos e as esperanças que supunha perdidos, ali, colocados por cima dos sofás, das mesas e nos encostos das cadeiras, à minha espera.
Bom dia!




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