quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Setembro...



Tenho evitado, faz algum tempo, assuntos polêmicos, as famosas " bolas divididas".
Meio cansativo, desgasta, ainda mais para alguém como eu que vive e dorme ao lado de um ser, meu marido, que polemiza praticamente tudo!É a natureza dele, se sente feliz e vivo sempre que metido em bizantinas discussões, não é a minha.
Não, não sou conformista mas, de verdade, pouco creio na minha capacidade de mudar as opiniões de outras pessoas, além do quê percebo um " despreparo" para que divergências de opiniões sejam tratadas apenas como isso, diferenças, e não provocações. Em geral degringolam em brigas e faltas de educação. Me incluam fora disso, por favor..
Por outro lado como esse blog é meu espaço me perdoem se resolvi colocar algumas idéias, ou sentimentos, sobre o atentado de 11/09 nos EUA.
Li, reli, assisti, ouvi, prestei atenção em dados, fotos, artigos, crônicas, blogs, documentários, ad nauseam...
Gente famosa, comum, de todas as posições geométricas e cores do arco-íris.
Não vou falar sobre essas "verdades", apenas uma coisa me chama a atenção. Mesmo sob as mais gabaritadas análises ou apenas meros desabafos dos que sobreviveram, ninguém percebeu um fato, não sei se importante, pelo menos interessante. O fio condutor desse atentado, como o de toda a violência entre povos do planeta inteiro, do Afeganistão, Tibet, Iraque, Vietnã, Segunda Guerra, Guerra Napoleônicas ou das Julio César é sempre o ódio...
Não é " busca de território", ameaças disso ou daquilo, poder ou dinheiro, mas o interminável " ódio" por tudo que é diferente de "mim".
Aí vira o famoso círculo vicioso, pude ler e assistir pessoas " justificando" por exemplo os ataques de Bin Laden por conta de barbáries antigas e constantes dos americanos, ou ainda os massacres contra os palestinos por parte de Israel, por conta das perseguições, reais, sofridas pelo povo judeu e assim vai a coisa. Como se uma violência justificasse outra violência...Acho lamentável.
Pode me chamar de simplista, de ter uma visão meio infantil do mundo, não tem problema, mas vejo que certas " visões", fundamentadas em formações acadêmicas, políticas, de erudição, etc, etc...não mais enxergam que nesses conflitos, nessas tragédias " pessoas morrem, são mutiladas", vidas são desperdiçadas. E se o grande objetivo de tudo é o homem, seu bem estar e felicidade, temos aí um paradoxo!
Desculpem, não acho que nenhum ser deste mundo mereça ser invadido, aviltado, atacado ou massacrado, nenhum, nem os americanos(!).
Um dia escrevi algo que procuro, em perspectiva, aplicar na minha vida cotidiana, o abutre gera o abutre sempre. Não posso tratar o mundo e as pessoas, todas, de maneira diferente como a que quero ser tratada.
Esse ódio sem fim não nos levará a lugar algum. Mortos os filósofos, pensadores, articuladores e propagadores dessas doutrinas ( de todos os lados e de todos os momentos históricos) ainda assim restarão pessoas, crianças, mulheres, velhos, animais, natureza e vida que quer e tem o direito de ser vivida.

Termino com 2 frases de um "pensador-músico-gênio" da minha geração, John Lennon, que me conforta e acolhe:
" You may say I`m a dreamer, but I`m not the only one" ( Imagine)
" Love is answer, You know that for sure"( Mind games)

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