domingo, 31 de julho de 2011

Onde termina?






O amor quando acontece sempre sabemos, mesmo que tolamente, onde e como começa.
Um olhar, uma idéia, uma opinião qualquer, afim com a nossa sobre qualquer coisa, um cheiro, uma canção, um projeto.
E ele vai assim, crescendo, feito planta germinada em terra fértil, cria raízes, caules e folhas...e se for dos bons, até flores...
E criamos escandalosos buquês feitos dessas flores belas e raras...e enfeitamos a vida, os dias, os pensamentos e os sonhos...
E sonhamos, de olhos e boca abertos, em pleno dia.
E esse amor altera o movimento dos calendários...tudo demora muito ou tudo acontece rápido...portanto quero crer que o amor tenha parte com a Física..rs..Quântica..rs.
E onde termina?
Aí complica.
Talvez por não ser episódio único com tamanha capacidade...
Um silêncio, uma diferença de opiniões, um olhar que caiu para outro lado, estranhamente local onde outro alguém estava que não nós...Ou mesmo um elogio que não veio ao nosso molho caprese que fizemos com esmero...Ou será o CD do Elomar que o outro faz questão de não gostar.
Não sei dizer.
Sei, apenas, e olha que sou meio expert nisso, que se acaba.
E agora, nesse momento da vida, mais de 50, sei que a " culpa" não é toda do outro...mas muito e mais de nós, de mim mesma.
Estou feliz hoje, não com o ideal, sei que não há, fazer o que? Mas com o possível e que me alegra...
E vejo pessoal bem mais novo batendo a cabeça com isso.
Nós, humanos, tão imperfeitamente perfeitos, não podemos nem temos a obrigação de nos encaixar nos sonhos alheios, mesmo que que o " alheio" seja aquele que tanto amamos...
Ok, você quer muito rock e birita e eu quero café quente e o escuro do meu quarto...Você gosta de country, de política, de sol e mar e eu gosto de sossego, de blues, de Coltrane e de frio...Pois é...Fazer o que?
Que tal encontrar meio termo? Não, não achem que estou colocando regras, mas um pouco de tolerância vai bem, mesmo porque esses gostos tão diferentes não nos separam, apenas somam, se permitirmos e usarmos a criatividade...
Tem um coisa, entretanto, séria, sem a qual não dará certo: admiração.
Se não mais consigo admirar a pessoa, as escolhas, temperamento e jeito dela, melhor cair fora.
Alguém do meu lado tem que me acrescentar, me desafiar, me soltar conceitos que ficam dias e dias martelando em minha cabeça....Tem que entender minhas manias e me respeitar justamente por elas...e eu, o mesmo.
O começo, como disseram João Bosco e Aldir Blanc, é sempre inesquecível, embora eles mesmos tenham esquecido..rs...
Agora o final do amor é sempre um droga, a conta é sempre ruim, o saldo, em geral, negativo.
Pergunta? Será? Pergunta 2, o que fizemos ou não, para chegarmos a esse desfecho?
Sou, melhor, fui adepta de soluções radicais, não sou mais. Penso, repenso, olho e sinto.
Deixo meu ego amordaçado, esse chato que vive querendo aparecer e dar ordens...
Mas por melhor que seja nisso, esse meu ego sabe muito pouco de ser feliz.





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