quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

E acabou....



E terminamos mais um.
Certo, é uma mera sequencia de meses, afinal janeiro vem depois de dezembro e assim vai.Mas tem o ritual da festa que muda a importância do calendário. E estranhamente as pessoas parecem entrar nesse pique, nesse movimento e imaginam que "tudo vai mudar" ( para melhor, lógico!).
Os longos silêncios vividos nos últimos 12 longos meses serão substituídos por conversas boas e interessadas, discussões de relações que andam precisando de acertos entrarão nas pautas, confidências e segredos de há muito guardados serão divididos com amigos queridos e as atenções redobradas " ad infinitum" para ouvir mais e ajudar a quem amamos. Isso prometemos.
Os beijos? Ah, os beijos serão mais trocados, de olhos fechados e corações abertos...As festas e encontros? Inauguramos nossas agendas novas separando as datas, muitas, nas quais pretendemos juntar a " tchurma" para samba e cerveja até o sol raiar! Isso imaginamos.
Viagens, passeios? O mundo se abre diante de nós, praias ensolaradas com caipirinhas ou piñas coladas, desertos belos e silenciosos, montanhas nevadas, Paris, Nova York, Veneza ou mesmo a singela pousada perdida no interior já estão na lista de destinos futuros, as malas já quase arrumadas. Isso programamos.
Os sonhos? Ah..esses voltam com força redobrada, potencializados, revitalizados e os vemos como praticamente realizados.Isso sentimos.
Fazemos contas, promessas, intenções de poupar mais, organizar melhor, planejar com equilíbrio, focar, se doar, participar, amar e ser amado, muito, mas muito mais do que nos 12 meses que terminam...
E no dia 31 vestimos branco, roupas brancas para que, como se nossas almas e corações estivessem " limpos e lavados" de todos os males e dores do ano que passou, pudéssemos receber o dia novo do ano novo de peito aberto!
E num segundo, meia noite, fogos de artifícios, abraços, beijos, rojões e champanhe irão brindar esse mega projeto de que " tudo vai mudar" ou ser diferente do que tem sido.
E quando a festa acaba e o primeiro dia do ano, afinal, amanhece como todos os dias amanhecem, encontramos a casa desarrumada, copos espalhados, cinzeiros cheios e uma enorme ressaca. Depois de 2 litros de água e um analgésico,olhamos em volta e percebemos que tudo volta ao normal.
Em poucos minutos todas as mirabolantes intenções, construídas nas derradeiras horas do ano que se foi, terminam junto com o lindo traje branco que usamos: vão ser recolhidas, lavadas e guardadas dentro de uma armário ou gaveta e ali vai ficar até, quem sabe, o próximo Réveillon.

Desejo aos meus queridos amigos e pacientes leitores tudo de bom e lindo, independente de calendários e datas comemorativas. Penso que nossos sonhos, nossa vida são projetos constantes, diários e que nosso amor e amizade que nos une não tem data nem hora marcada.





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