quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pesquisas e mais pesquisas





Comecei, pela enésima vez, a dar forma a um livro.
Por favor, sem aquele sorriso irônico (ok, eu mereço, pela enormidade de vezes que "começo um livro")
Esse tem sabor especial, pois estou deixando um pouco de lado das fantasias freudianas( risos) da infância, deixando os Mattos em paz(risos).
Acontece que, como sempre, a coisa toda é gigantesca, não sei bem porquê todos os meus projetos são meio mirabolantes e envolvem textos, ilustrações, cronicas, cartas, fotos e...e....pesquisas!
Estou nadando num mar de outros textos, usando o nosso Oráculo, nossa Pitia moderna: o Dr. Google!Que coisa impressionante! É dar a palavra ou tema, pronto! links e mais links surgem, tarefa sem fim ler tudo!
Nos últimos dias, por conta de uma semi contusão no joelho que me deixou de fora de alguns clássicos importantes, tenho tido tempo de buscar as informações sobre os 200 temas que quero colocar no livro...Tá bom, aqui vai um certo exagero, mas que o projeto é abrangente, isso é...
Sei que estou me tornando especialista em romãs, maçãs, celtas, druidismo, massa folhadas, Tudors, lendas indígenas das Américas! Uma coisa!
E agora, em meio a isso, toca a juntar as coisas da minha cabeça, escrever, sob o filtro de tantas e interessantes informações.
Gente, lindo isso, a possibilidade de tamanho conhecimento a um simples toque no teclado!
Não se informa quem não quer, posso garantir isso!
O livro? Bom, vai indo, para cada 50 páginas que leio, escrevo uns 3 parágrafos, não é fantástico??!
Sei que, como boa virginiana, me encantam as pesquisas e esse mágico encontro com o conhecimento do homem.
Dia desses, não sei bem quando, coloco aqui que o tal livro ficou pronto e assim, quem sabe, ele também entra nos " links" do nosso Oráculo favorito: o Dr. Google!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Caixa de surpresas ( e de bombons!)




A vida é uma caixa de surpresas. Tipo da frase feita, clichê dos mais clichês. Até técnico de futebol gosta de usar.
A personagem vivida por Sally Field, como mãe do Forrest Gump no filme do mesmo nome, dizia que a vida é uma caixa de chocolates, de bombons, ninguém nunca sabe o que vai encontrar.É uma tremenda verdade.
Tenho tido, nos últimos dias, a oportunidade de "provar" alguns desses bombons e confesso, ainda me surpreendo.
Encontrei alguns bem deliciosos, doces, encantadores, com sabor inesquecível e outros, argh! nem tanto.
Encontros com pessoas queridas que não via fazia tempo, reencontros com quem supunha longe e perdido mas que segue vivo e ligado em meu coração, canções que me enviaram pelo e-mail trazendo de volta um passado lindo e cheio de alegria, conversas e confidências encantadoras, coisas que passaram despercebidas para a maioria, mas que tiveram o dom de me fazer muito feliz...Esses foram doces chocolates, desses que derretem na boca e ao sumir deixam um traço de doçura e calor...Nossa! acho que comeria caixas e caixas deles!
Mas encontrei também os outros bombons, os amargos, os difíceis de engolir. A indiferença, o egoísmo, o descaso com as minhas poucas necessidades, a sensação de ter meu afeto medido pela minha utilidade, ou seja, se estou disponível e sirvo, ok, caso contrário, nada feito. Esses chocolates são feitos de longos silêncios, de olhares incriminadores, de cobranças injustas, do que chamo de " pequenos assassinatos" cometidos com a indelicadeza e rancor de quem não conhece o outro nem se esforça para tal.
O que me surpreende, deixando a coisa toda com mais jeito de " caixa de surpresas", foi que tantos os bons chocolates, quanto os ruins, vieram de lados que, sinceramente, não esperava! Resumindo, vieram de lugares trocados!
Penso sempre que viver é antes de tudo, me perdoem os inteligentes filósofos, se surpreender. E para mim, cada dia mais sinto que assim é.
Vou então desse jeito, olhando a caixa de chocolates que me tocou nessa vida e, com cuidado, observando bastante as delicadas embalagens de cada um, na tentativa de encontrar somente os gostosos, os bons de comer, os que me adoçam a vida. Nem sempre dá certo!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quero ser feliz ou ter razão?




Quantas e quantas vezes andei fazendo escolhas sabendo exatamente que não eram as melhores e que iria, questão de tempo, dar com os " burros n´água"?
Esteve ali, todo o tempo, a razão, o correto, o esperado, mas mesmo assim insisti e busquei o lado contrário, me atirando sem medo e até mesmo sem pudor, atrás da felicidade. Ou o que achava, naquele momento, que era a tal felicidade. Sério, prefiro nem contabilizar o tanto que isso me aconteceu, sob pena de passarem a me enxergar como uma tremenda aventureira ou pirata...(risos)
Devo ser mesmo essa aventureira, sorry queridos, se isso causa algum tipo de mal estar ou decepção.
Desde que me lembro de ter alguma lembrança, soube que o que me movia ( e move) é essa constante inquietação com todas as coisas, esse inconformismo ou a não-aceitação passiva de que " nada pode mudar", de que " melhor assim, não tem riscos", ou ainda " as ilusões estão mortas, agora é o tempo da serenidade"...Não consigo, não dá.
Quero ser feliz, não abro mão disso, mesmo que por poucos segundos, por instantes intensos e que não duram, mesmo que haja um estranho despertar após isso.
Ando com a vida completamente engessada em horários, obrigações, situações que não são minhas, mas dentro, no fundo do meu coração, ainda ruge o leão que segue a espera da busca dessa meta quase louca que me propus: ser feliz!
Não, não confundam, sou só aventureira, não mau caráter. Procuro evitar ferir ou magoar esses pacientes seres que comigo convivem, não saio por aí destruindo paredes nem queimando navios, longe disso. Só busco alternativas, reinvento os dias, os fatos, me permito sentir e ser sentida, me permito sonhar e criar.
Ter razão não me interessa, só isso. A razão, para um virginiano como eu, só serve para atrapalhar, fazer com que " pense sentimentos".
É como se nós, ou alguns de nós, nascidos sob esse signo, fossemos como os andróides ou replicantes do filme Blade Runner, lembram?
O que eles mais queriam? As emoções, os sentimentos, as fraquezas humanas, mesmo tendo sido criados como máquinas quase perfeitas.
Pois é, abro as comportas e deixo vir...não entrego os pontos nem o jogo, mesmo que esteja no segundo tempo da prorrogação!
Tenho sido feliz assim, a vida, coincidência ou não, sempre me traz um desses momento, um evento, um sentimento, fugaz e intenso, que me faz, de novo, soltar as amarras e me lançar.
Existe a dor? Com certeza, mas muito menor que aquela de quem apenas suporta, apenas se acomoda, apenas vive por viver.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pedido de desculpas

Tenho que pedir desculpas.
Aos amigos, ao amado, a todas as coisas que ando negligenciando...
Mil projetos andam parados, não é Dina e Nancy? Não paraados...mas meio devagar demais.
Os armários andam na bagunça, a conta bancária sem conferência, a despensa meio faltando tudo, os livros começados e não terminados, os textos? ah! os textos, esses andam atropelando minha cabeça, mas nada de nascer!
Confesso, não sei administrar meu tempo nesses dias de tantas mudanças e novidades.
O pior, faço tudo, mas pela metade.
Peço desculpas, queridos. Vai normalizar.
Fui pega numa transversal qualquer, sei que sai da estrada, estou no acostamento e vejo tudo passar e não posso interferir...
Os blogs, twiter, facebook e orkut, e-mails? Vamos que vamos, meio pelo meio...
Quero dizer que continuo com vocês, que os projetos continuam, tudo continua, me esperem, logo estarei de volta!
beijos

domingo, 11 de outubro de 2009

Mudando de assunto...



Mudando um pouco de assunto, fiquei pensando ontem, até perguntei para minha grande amiga, Nancy Mouth, se ela acredita em " amor para sempre"...
Existe isso? Será?
Será possível que a gente consiga amar, aquele amar mesmo, uma pessoa para sempre? Apesar de tudo, de nossas fraquezas, mágoas, desentendimentos, apesar de nós mesmos?
Mesmo separados, sem quase nenhum contato físico ou mental?
Como saber se isso, quando e se acontece, é amor mesmo ou algum tipo de distúrbio ou doença?
Nancy acredita que sim, que isso acontece, acha muito provável alguém gostar de alguém para sempre.
Não sei dizer. Já gostei muito de algumas pessoas, muito mesmo, suportando situações que, sem um amor tão grande, jamais suportaria. Mas não foi para sempre. Um dia a coisa mudava, ia sumindo, empalidecendo..e desse amor imenso restava tipo de amizade, um carinho, até uma certa nostalgia, sentimentos diferentes de amor.
Sei, sinto, entretanto, que existem pessoas muito atraentes, que tem charme e fascínio e que acabam atraindo um olhar mais demorado. Não acho que seja amor.
Pois é, fiquei pensando e ainda estou, sobre isso.
Aceito opiniões, relatos e possíveis " diagnósticos", quem souber e quiser ajudar a me esclarecer esteja à vontade, ok?
Bom domingo,

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para a Gorda...( de Gil, meu marido)

Coloco aqui hoje, terça-feira, o relato impecável e emocionado de alguém mil vezes mais competente que eu para escrever.
Aqui vai o texto/depoimento de Gil, meu marido, aquele que escolhi e me escolheu para sermos cada dia mais o que somos...


Conheci a Gorda precocemente para alguém do meio em que eu vivia. E me apaixonei por ela tardiamente para alguém da minha geração.
Era 1972, eu um garoto de 14 anos descobrindo que lá fora tinha um mundo, tentando comer uma vizinha argentina de 16 anos, que conquista!!!! E eis que me deparo com o argentino velho, mais cioso de seus discos que da virgindade da filha (possivelmente já inexistente) e que interrompe nosso desajeitado idílio com um convite para que os ouvíssemos com ele. E, após vários e que na época me pareceram insuportáveis Gardéis (claro, eu não via a hora do velho cair fora), ele pôs na velha Grundig um disco de uma cantora da qual eu nunca havia ouvido falar, velha, gorda e cara de índia estampada na capa do LP. Desculpe, Mercedes, mas na hora, os atributos da outra argentina me atraiam mais. E desculpe outra argentina, cujo nome sequer me recordo, mas no dia seguinte eu me lembrava mais da voz da velha gorda do que de você.
Ano seguinte, e fui levado pelo meu irmão, quase pela mão como uma criança, a um show de Astor Piazzolla, na USP. E ali, em meio a seus novos amigos, universitários, mais velhos, comprometidos com o que depois vim a saber que seria a esquerda, ouvi novamente o nome da Gorda, agora com um respeito e uma deferência bem maiores que os demonstrados pelo velho argentino. Talvez o momento tenha contribuído para a importância que dei às frases berradas numa mesa de um boteco na saída da cidade universitária. Piazzolla havia sido um passaporte para um mundo que eu não sabia que existia, mas com o qual, de imediato, me identifiquei. Naquela mesa, pela primeira vez ouvi a expressão América Latina sem o tom de galhofa, talvez pela primeira vez tenha me deparado com a dimensão de viver sob uma ditadura, pela primeira vez tenha tomado contato com o que eu viria a ser. E o nome da Gorda sempre presente, um ícone que pairava sobre a conversa. Interessante que não me lembro de Piazzolla ter sido mencionado durante as horas que passamos ali. Não era necessário, ele cumprira um papel maior, a beleza de sua música fora o Virgilio e o Prometeu que me abrira as portas do inferno e da beleza chamada América Latina.
Não me lembro de ter ouvido a Gorda nos anos seguintes. A arrogância e os medos da adolescência fizeram-me citá-la várias vezes para mostrar meu diferenciamento e a não ouvi-la para preservar o ícone que começava a ganhar forma na minha personalidade imatura. Lembro sim de ter ouvido muito Piazzolla, e o disco que comprei na saída do show, com minhas parcas economias da mesada, foi responsável por inumeráveis atrasos quando eu insistia em ouvir o solo, 5 minutos de piano, da introdução de Adiós Nonino.
Voltei a ouvir a Gorda já na faculdade. Ela foi meu cartão visita para aquele novo momento. Minha matrícula se fez ao som de “Me gustán los estudiantes”, uma metáfora do que seriam aqueles anos. Anos em que ser estudante carregava consigo uma carga de combatividade, de enfrentamento, de inconformismo. E para tudo isso, a Gorda tornou-se a Voz. Um brado, uma resposta que meus parcos conhecimentos de espanhol mais sentiam do que entendiam, mas entendiam talvez mais que o entendimento pudesse oferecer.
Lembro do ano de 1979. Tínhamos a diretoria do DCE da USP e do Centro Acadêmico da FAU. Condições que julgávamos suficientes para organizar shows, para os quais contávamos com a boa vontade de nomes como Jorge Mautner, Walter Franco, e outros engajados e periféricos como nós. Até um dia em que nos julgamos maiores que éramos e ousamos trazer a Gorda. Que, apenas nossa arrogância impediu que nos surpreendêssemos, aceitou. E preparamos o show. Ou pensamos que preparávamos. Ou confiamos nas instituições da ditadura que combatíamos e não nos apercebemos que tudo o que denunciávamos, desleixo, descaso com a Educação, iria desabar sobre nós. Minutos antes do show, teatro da FAU lotado, um curto circuito põe todo o auditório às escuras. Pânico entre a platéia e desespero entre os organizadores e, em meio a isso, uma única voz mantinha a serenidade. Ainda me lembro da Gorda, falando numa voz tão baixa quanto seus imensos pulmões permitiam: “Eu vim para cantar e vou cantar, em qualquer lugar. Peçam aos meninos para sentarem lá fora, é seguro”.
Lá fora é o pátio interno à frente do teatro da faculdade de Arquitetura da USP. Seguro era um otimismo de quem havia passado por momentos infinitamente mais difíceis. O projeto do prédio, obviamente de um arquiteto, é belo e irracional, todo em rampas e planos sem grades ou defensas, o que conferia à multidão apinhada e buscando melhores ângulos de visão um risco maior que de um mero curto circuito. E os meninos eram seu público, nós, a quem ela dispensou a cortesia e o amor de cantar sem microfone ou qualquer amplificação, pois não ousávamos tentar ligar a aparelhagem após o incidente dentro do teatro.
Minutos de intenso trabalho braçal, com os encarregados da suposta e fracassada organização, carregando tablados de madeira do palco para “lá fora”, bancos, instrumentos, e uma preocupação egoísta, pouco comunista, mas de todo inevitável: assegurar que tivéssemos um lugar privilegiado para vê-la e ouvi-la. Confesso que foi uma das poucas vezes na vida em que me locupletei de algo, mas a condição de ex-organizador e agora carregador possibilitou-me sentar a menos de dois metros Dela, bunda no chão, braços doloridos, coração disparado e olhos molhados durante as duas horas de show.
Faz trinta anos. Podem fazer trezentos e serão igualmente inesquecíveis. Ditadura no Brasil, ditadura no Chile, ditadura na sua Argentina e a Voz cantando para los estudiantes um sonho que era de luta, mas também de amor, de paixão, de vida. Não sabia se tinha a menos de dois metros minha mãe, minha avó, meu ídolo ou minha deusa, sei que só a ridícula vergonha me impediu de beijar sua mão ao cumprimentá-la no palco improvisado.
A Gorda amparou meus sonhos de esquerda, mas também de vida. Vinte anos depois dessa noite, minha então namorada, hoje minha mulher, deu-me uma fita cassete (velhos tempos) com músicas que eram importantes para ela e que queria compartilhar comigo. Eram tempos de descoberta mútua, de conhecer o passado e o mundo do outro. E entre as músicas, todas maravilhosas, havia uma que ainda me transporta àquele momento. Era a Gorda cantando Te recuerdo Amanda, de Victor Jara. Uma música de amor, talvez um amor que só a esquerda tenha sido capaz de produzir e cantar. Mas de amor. Naquele momento tive a certeza que teríamos que ficar juntos, como estamos até hoje e pretendo que para sempre. Pois, depois de mais de meio século de vida compreendi o pouco que retive de minha trajetória. Entre esse pouco está que não tenho amigos ladrões, traficantes, corruptos. E jamais estaria com alguém que também não ame a Gorda.

Gil
06/09/2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

e a gente cresceu assim...( para Mercedes Sosa)





Não nascemos prontos, graças a Deus!
Tem a frase do Guimarães Rosa, que amo ( ele e a frase!) que resume muito bem : "O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, mas que elas vão sempre mudando".
Muitas coisas, experiências, fatos, episódios, pessoas e envolvimentos tem o mágico poder de nos mudar. Até um livro, uma notícia, um olhar mais demorado num horizonte de mar, tudo isso altera, mesmo que sutilmente, o que somos, ou éramos até aquele momento..
Gerações são moldadas por artistas, pensadores, textos, filosofias, regimes políticos e canções...muitas canções...
Minha geração, alvo de tantos estudos e pesquisas teve seus ídolos, seus mitos e somos hoje, com nossos 50 prá frente, o resultado dessa riqueza de momento onde se debatiam as opções e liberdades individuais, os equívocos daqueles que nos antecederam, o mundo que tínhamos herdado.
Esse mundo era meio cinza, meio frio, nosso continente, a pobre América do Sul, sofria sob os embrutecidos regimes militares que tanto mal causaram e que, certamente, colhemos até hoje alguns de seus nefastos frutos...
E tínhamos nossos artistas, músicos que, ao lado do borbulhante e irreverente rock and roll ( com Beatles, Stones, Hendrix, etc.), cantavam nossos medos, sonhos e paixão pela liberdade, pela democracia. São inúmeros esses músicos, mas uma em particular, Mercedes Sosa, me emociona e adoro.
Mercedes Sosa, que morreu anteontem aos 74 anos, foi a nossa voz, o som oprimido no peito e coração, aquela que, com sua voz cheia de força e beleza, tratava dos " campesinos", dos " estudiantes", dos desgarrados, dos perseguidos, nos versos de Violeta Parra, Ariel Ramirez, Victor Jara, Pablo Milanés, de Atahualpa Yupanqui!
E a gente cresceu assim, tendo como trilha sonora tantas canções inesquecíveis na voz dessa mestiça tucumana..Nos tornamos mais contestadores, mais idealistas, mais sonhadores de um mundo de igualdade e justiça.
Mercedes é parte de minha vida...Minha filha, Luiza, sabe de cor, aprendeu bem menina, em puro espanhol argentino, todas as canções de seu disco " En Argentina".
Um dia Mercedes cantou, como ninguém, sorry fãs da Elis mas não dá, " Gracias a la vida" de Violeta Parra.
Acho que, como uma homenagem a ela, os versos podem ser alterados: Gracias a La vida que me ha dado Mercedes Sosa.